domingo, 8 de novembro de 2009

"Espelho de Mao"

Era um espelho de Mão
Era um pequeno reflexo
Era só uma ilusão
Um objeto desconexo
Uma imagem
Uma projeção
Um retorno complexo
Era um ser
Ou um monstro então?
Uma visão sem nexo?
Era uma luz
Invertida
Era um sonho
Não, era real
O espetáculo de uma vida
O bem e o mal
Nada de cortinas
Sua representação era o melhor
Em pé estático
Ele era observado
Pela plateia de um só
Seu espaço era indefinido
Ou só aquela simples imensidão
Tudo se passava muito rápido
Mas era pratico
Se ver naquele espelho de Mão

Autor:Felipe Viana

Marcas


O mundo me engole em sua infinita repulsão

A terra me guia em sua constante rotação

Tudo é mais simples quando chega ao termino da ação

Tudo se desmancha em uma única resolução

Vem ao longe naquele tom suave

A nota impar de uma ultima canção

Enquanto a aparente brisa

Atravessa-me com o ardor de um vulcão

Enquanto ela me invade de qualquer direção

Enquanto meus joelhos ásperos não conseguem alcançar o chão

Enquanto eu me recosto nesse plano colchão de ilusão

Meu consciente se converte a minha mínima elevação

Estou projetado sobre minha desilusão

A minha boca se confirma em sua reclusão

Claro

Não há palavras que revoguem tal prisão

E os meus membros?

Sem movimento, sem um manifesto de reação

O gelo do meu sangue

É tão frio o tal liquido que dissipa qualquer fragmento de emoção

Folhas secas que se arrastam lentamente em aproximação

São tão nostálgicas quanto afirmar que não

Afirmar simplesmente em explicação

Que meu ser é frívolo é nada, é em vão

O que é isso que se espalha sobre minha extensão?

Que força ilusória tenta me convencer do contrario então?

Minha breve metamorfose de passos contínuos

Me remete em paralelo sobe o chão

São essas idéias que afundam em completa imersão

São elas que me provocação essa convulsão

Essa agitação

Esse estado de violenta perturbação

Mesmo que eu escape dessa teia que me encobre em completa apreensão

Há minha busca indireta por compreensão

Sempre me levara diante daquela ínfima interrogação

Aquele momento imutável

Um momento de simples constatação

É onde meu espelho de descobertas aprende sua inexplicável lição

Sempre procurei subterfúgios pra minha contradição

Sempre procurei fugir dessa relativa submissão

Eu sempre busquei essa real conclusão

Sempre foi clara a minha emissão

Mais eu soube

Que minha vida é uma inalterável contemplação

Autor:Felipe Viana